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Origens do Paranoá
O lago de Glaziou
Flavio R. Cavalcanti
A primeira referência ao represamento do Paranoá
parece ter sido feita pelo botânico A. Glaziou, na segunda
Missão Cruls, às vésperas da publicação
do conhecido Relatório
Cruls, de 1894:
"... imensa planície em parte
sujeita a ser coberta pelas águas da estação
chuvosa; outrora era um lago devido à junção
de diferentes cursos de água formando o rio Parnauá;
o excedente desse lago, atravessando uma depressão do chapadão,
acabou, com o carrear dos saibros e mesmo das pedras grossas,
por abrir nesse ponto uma brecha funda, de paredes quase verticais
pela qual se precipitam hoje todas as águas dessas alturas.
É fácil compreender que, fechando essa brecha com
uma obra de arte (dique ou tapagem provida de chapeletas e cujo
comprimento não excede de 500 a 600 metros, nem a elevação
de 20 a 25 metros) forçosamente a água tomará
ao seu lugar primitivo e formará um lago navegável
em todos os sentidos, num comprimento de 20 a 25 quilômetros
sobre uma largura de 16 a 18."
Fonte: A
missão Cruls,
no site / livro / CD: Olhares
sobre o Lago Paranoá
Nota dos autores: "Várias denominações
são registradas para o Rio Paranoá. Os bandeirantes
paulistas que primeiro visitaram a região do Planalto Central,
no século XVII, chamavam-no em nhengatú (língua
falada pelos bandeirantes, resultante do português caipira,
de uso geral no sertão, e do tupi paulista) de Parnaguá.
Em Tupi-Guarani, Paranoá é o mesmo que Paranaguá,
que quer dizer 'rio largo, rio espraiado'."
[Nota do site: Os autores
não indicam a fonte do texto, que datam "1893".
Ernesto
Silva também data o texto de "1893", igualmente
sem indicação da fonte. No entanto, Glaziou parece
ter feito parte apenas da segunda
missão Cruls (1894-1895). Ver transcrição]
Leito dos rios represados, segundo mapa do "novo Distrito
Federal", organizado e desenhado
pelo eng° cartógrafo Clóvis de Magalhães,
possivelmente no final da década de 1950
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