Pátio ferroviário Bernardo Sayão
O ferro-velho da Mendes Júnior

Flavio R. Cavalcanti
Centro-Oeste dc-16-17, de 31 Jul. 1991 (resumo)
Fotos: 11 e 12 Mai. 1991

Um terreno ao lado da ferrovia, com desvio morto, cerca de arame, guarita, escritório, balança para caminhões, alojamento, pá mecânica e galpão — é tudo que o ferreomodelista precisa para reproduzir em sua maquete um ferro-velho como o que a Siderúrgica Mendes Jr. tinha em Brasília, até cerca de 1990 (CT-14/6).

Enquanto funcionou, era proibido fotografar. Desativado, e com o terreno prestes a ser devolvido à RFFSA — que já tinha outro arrendatário em vista, — afinal pude fotografar as instalações fixas. As fotos foram feitas em 11 e 12 Mai. 1991, com filme Gold 100, em dois turnos — num sábado, à tarde, e domingo pela manhã — para captar todos os ângulos.

Em resumo, os caminhões com sucata saíam do asfalto, diante da estação, entrando na cerca externa do pátio ferroviário por um caminho de terra que cruza o desvio morto a caminho do ferro-velho.

Adiante, chegavam à cerca interna, com uma guarita de vigia e dois portões — um para os caminhões, outro para os vagões. Daí, os caminhões dirigiam-se a balança rodoviária.

Feita a pesagem, os caminhões — geralmente caçambas — despejavam a sucata ao lado dos trilhos do desvio morto. Uma pá mecânica (trator com garras) amassava a sucata como podia, e carregava as gôndolas. Miniaturas mini-brindes poderão fornecer a pá mecânica em escala.

O conjunto inclui alojamentos — um prédio longo e baixo, sem maior atrativo — e dois telheiros sem paredes, para manutenção do trator e de mais algum veículo. No telheiro do trator, o piso é como nas trocas de óleo de qualquer posto de gasolina: um fosso central com degraus, para acesso embaixo da máquina. Alguns tambores e muita sujeira ajudam a criar o ambiente.

Todo o terreno é bastante iluminado, com luminárias duplas (em V) sobre postes altos, de concreto.

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