Pátio ferroviário de sucata metálica
A balança de sucata

Flavio R. Cavalcanti
Centro-Oeste dc-16-17, de 31 Jul. 1991 (resumo)
Fotos: 11 e 12 Mai. 1991

O escritório — verdadeira cabine de controle — é uma construção muito simples, na tradicional falta de estilo da região — um caixote com telhado de telha colonial em 2 águas (e isso já é um luxo), sem grande inclinação. Nada de tijolo aparente, nem pedra aparente, janelas de guilhotina, calha de chuva, ou portais abobadados.

A necessidade, porém, obrigou o construtor a variar um pouco.

Era preciso controlar o movimento, de um ponto acima do nível normal — e o piso foi elevado em pouco mais de 1 metro, com um patamar externo.

O tamanho do terreno — cercado de invasões — e a precariedade da cerca exigiam um posto de vigilância. Sendo o prédio elevado em relação ao solo, acrescentou-se uma torre, sobressaindo do telhado, com acesso externo pelos fundos.

Essa torre é o que dá certa graça ao prédio. Parece ter pouco mais de 1 metro quadrado, com 3 seteiras horizontais para reduzir a insolação e dificultar o alvo do exterior.

O charme do telhado vai um pouco além das telhas coloniais em duas águas:

É um pouco maior que o prédio, reduzindo a insolação nas paredes, em torno do meio-dia.

Uma leve curvatura nas duas águas do telhado completa o aspecto singular do conjunto.

O resultado é um prédio interessante, diferente do que se vê na região. Quem quiser, naturalmente, pode fazê-lo ainda mais interessante, em sua mini-ferrovia imaginária.

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