Jango, 1964
Mensagem ao Congresso

p. XV-XVI

No setor ferroviário, estão programados investimentos da ordem de Cr$ 413 bilhões, durante o triênio 1963 a 1965, para a expansão e modernização de nosso sistema de ferrovias.

No ano decorrido, foram realizados em treze diferentes trechos do Nordeste, Leste, Centro e Sul, serviços de implantação de linhas, construção de ramais e variantes que, em conjunto, absorveram recursos superiores a Cr$ 19 bilhões. Acelerou-se a construção do Tronco Principal Sul, que fará a ligação ferroviária da capital da República a Porto Alegre, já se achando entregues ao tráfego 235 quilômetros, correspondentes ao trecho Mafra - Ponte Alta do Sul.

No Nordeste, a Rede Ferroviária Federal S/A deu início aos trabalhos de reconstituição da linha férrea que liga Macau a Natal, no Rio Grande do Norte, e aparelhou-a para o transporte de 1.000 toneladas diárias de sal a granel. Essa medida possibilitará a redução de cerca de 50% no preço do transporte do produto.

Nos trabalhos de remodelação e unificação das linhas que servem aos subúrbios da cidade do Rio de Janeiro, foram aplicados pelo meu governo Cr$ 4 bilhões de cruzeiros, com o fim de resolver o problema de saturação do tráfego suburbano, que tanto angustia a massa trabalhadora daquele centro industrial.

(...)

p. XXIX-XXXI

Brasília

A consolidação administrativa da nova capital vem sendo objeto de constante preocupação do governo federal. A experiência demonstrou ser, não só impraticável, senão também desnecessária, a mudança da totalidade dos órgãos do Poder Executivo, com todos os seus servidores, pelo sistema de voluntariado, como originalmente se planejara. Entretanto, torna-se inadiável concentrar em torno dos poderes da República os serviços de assessoria indispensáveis ao comando das atividades políticas e administrativas da Nação.

O caminho racional será a completação da transferência, de acordo com uma escala prioritária, que tenha como objetivo central trazer, inicialmente, os órgãos de coordenação do comando de cada ministério ou serviço. Cumpre, ainda, assisti-los com a instalação de um centro nacional de computação numérica, articulado com uma rede auxiliar capaz de abranger todo o País e dotado de todos os requisitos modernos para assegurar ao governo os elementos essenciais de informação e controle sobre toda a vida econômica nacional e toda a administração.

O cumprimento dessa magna tarefa terá de ser antecedido por sensível melhoramento das condições de oferta de habitações em Brasília e pela expansão de seus atuais serviços públicos. Para isso vem o governo dando prosseguimento, com a maior intensidade, ao programa de edificação de residências. Assim é que, neste momento, o Grupo de Trabalho de Brasília, os Institutos de Previdência, os ministérios militares, a Universidade de Brasília, a prefeitura e a Novacap, numa conjunção de esforços sem precedentes, têm em construção nada menos de nove mil unidades residenciais, entre casas e apartamentos. Por sua vez, os fundos especiais dos recursos provenientes da venda dos imóveis, já existentes e por concluir, asseguram o reinvestimento de apreciável importância em novas edificações.

Por outro lado, as obras de urbanização e, principalmente, os serviços de energia elétrica e telefone, elementos básicos para a consolidação da cidade-capital, estão sendo desenvolvidos com o máximo empenho.

Ao arrojo urbanístico e arquitetônico de Brasília devem corresponder novos métodos e processos de trabalho que assegurem maior rendimento administrativo, de modo que a carência numérica de servidores seja suprida, com vantagem, por sua alta qualificação, fortalecendo-se assim os órgãos de comando e tornando possível a tão necessária descentralização dos serviços públicos da União.

A consolidação de Brasília -- cuja instalação foi levada a efeito para atender a imperativo constitucional e, ao mesmo tempo, a generalizado anseio do povo brasileiro -- constitui tarefa e dever aos quais não faltou, nem faltará, em momento algum, o governo, consciente do que representa, para o progresso e o prestígio do País, a implantação definitiva e perfeita de sua nova capital.

(...)

Supra e refino

p. XXXVII

(...) dois novos decretos de importância capital para o povo brasileiro.

O primeiro deles declara de interesse social, para fins de desapropriação, uma faixa de dez quilômetros ao longo das rodovias e ferrovias, com como das áreas beneficiadas por obras federais, como os açudes. Por este ato, áreas inexploradas e sob o domínio de latifundiários, que não as cultivam nem permitem que outros a cultivem, serão desapropriadas e divididas em lotes para entrega aos camponeses que as queira cultivar. Esta é a primeira ampla porta que se abre para uma reforma agrária que se realizará pacificamente, regida pelos preceitos democráticos e com fidelidade às tradições cristãs do nosso povo.

Convênios de assistência técnica, assinados entre as Forças Armadas e a Superintendência de Política Agrária, complementam este ato e esgotam, também, no âmbito das relações do homem com a terra, todas as possibilidades de ação normativa do Poder Executivo.

(...)

p. XLVII-XLVIII

Sistema ferroviário nacional

No que respeita ao transporte por ferrovias, torna-se indispensável empreender extenso programa de remodelação e reaparelhamento. A etapa do pleno desenvolvimento que almejamos implica transportes de grandes massas de matérias primas e produtos elaborados que precisam ser intercambiados entre os principais centros industriais e de consumo, inclusive os produtos agrícolas para abastecimento dos maiores centros urbanos. São necessidades que impõem a revisão de traçados ferroviários, em condições técnicas capazes de suportar o transporte de cargas pesadas a longas distâncias, utilizando grandes composições que trafeguem a velocidades médias condizentes com a moderna engenharia ferroviária.

O conjunto de projetos necessários a provocar alteração tão profunda na estrutura dos transportes pesados por via terrestre exigirá, para os próximos anos, recursos avaliados em alguns bilhões de dólares.

Universidade de Brasília

Outra magna tarefa a que se devota o governo é a implantação, em Brasília, de uma universidade moderna capaz de, além de cumprir as tarefas correntes de ensino e pesquisa, completar a cidade-capital com o núcleo científico e cultural que não lhe pode faltar e, ainda, proporcionar aos poderes públicos a indispensável assessoria no campo do planejamento e da assistência técnica e científica. A Universidade de Brasília concentra seus esforços na edificação, equipamento e operação de um conjunto de institutos de ciências fundamentais, montados especialmente para ministrar cursos de pós-graduado; de um sistema de escolas de engenharia devotado à formação das novas modalidades de tecnologistas altamente qualificados, necessários ao comando do desenvolvimento econômico do País; e de diversos centros de pesquisa e experimentação que cubram as áreas do planejamento geral e educacional, da tecnologia do cerrado, de edificação e de outros campos.

Obra dessa envergadura exige, além de investimentos em moeda nacional, gastos vultosos em moedas estrangeiras para custeio do equipamento científico indispensável, aquisição do acervo das bibliotecas e pagamento do pessoal docente e técnico que deverá vir de outros países. Graças à magnitude do empreendimento, à qualidade do plano estrutural e à confiança que inspiram seus dirigentes, a Universidade de Brasília já conta, para custear esses gastos, com recursos que em 1964 deverão alcançar dez milhões de dólares, obtidos, na sua maior parte, como doação de organismos internacionais e fundações ou mediante programas bilaterais de assistência.

(...)

O caminho brasileiro

p. LII-LIV

Assim é que submeto à apreciação de Vossas Excelências, a quem cabe privativamente a reformulação da Constituição da República, a sugestão dos seguintes princípios básicos para a consecução da reforma agrária:

-- A ninguém é lícito manter a terra improdutiva por força do direito de propriedade.

-- Poderão ser desapropriadas, mediante pagamento em títulos públicos de valor reajustável, na forma que a lei determinar:

a) todas as propriedades não exploradas;

b) as parcelas não exploradas de propriedade parcialmente aproveitadas, quando excederem a metade da área total.

-- Nos casos de desapropriações, por interesse social, será sempre ressalvado ao proprietário o direito de escolher e demarcar, como de sua propriedade de uso lícito, área contígua com dimensão igual à explorada.

-- O Poder Executivo, mediante programas de colonização, promoverá a desapropriação de áreas agrícolas nas condições das alíneas "a" e "b" por meio do depósito em dinheiro de 50% da média dos valores tomados por base para lançamento do imposto territorial nos últimos 5 anos, sem prejuízo de ulterior indenização em títulos, mediante processo judicial.

-- A produção de gêneros alimentícios para o mercado interno tem prioridade sobre qualquer outro emprego da terra e é obrigatória em todas as propriedades agrícolas ou pastoris, diretamente pelo proprietário ou mediante arrendamento.

I) O Poder Executivo fixará a proporção mínima da área de cultivo agrícola de produtos alimentícios para cada tipo de exploração agropecuária nas diferentes regiões do País.

II) Todas as áreas destinadas a cultivo sofrerão rodízio e a quarta cultura será obrigatoriamente de gêneros alimentícios para o mercado interno, de acordo com as normas fixadas pelo Poder Executivo.

-- O preço da terra para arrendamento, aforamento, parceria ou qualquer outra forma de locação agrícola jamais excederá o dízimo do valor das colheiras comerciais obtidas.

-- São prorrogados os contratos expressos ou tácitos de arrendamento e parceria agropecuários, cujos prazos e condições serão regidos por lei especial.

Para a concretização da reforma agrária é também imprescindível reformar o § 16 do art. 141 e o art. 147 da Constituição federal. Só por esse meio será possível empreender a reorganização democrática da economia brasileira, de modo que efetue a justa distribuição da propriedade, segundo o interesse de todos e com o duplo propósito de alargar as bases da Nação, estendendo-se o benefício da propriedade a todos os seus filhos, e multiplicar o número de proprietários, com o que será melhor defendido o instituto da propriedade.

Para alcançar esses altos objetivos seria recomendável, a meu ver, incorporarem-se à nossa Carta Magna os seguintes preceitos:

-- Ficam supressas, no texto do § 16 do art. 141, a palavra "prévia" e a expressão "em dinheiro".

-- O art. 147 da Constituição federal passa a ter a seguinte redação:

-- O uso da propriedade é condicionado ao bem-estar social.

-- A União promoverá a justa distribuição da propriedade e o seu melhor aproveitamento, mediante desapropriação por interesse social, segundo os critérios que a lei estabelecer.

(...)

p. 70-76

3. Transportes

Considerações gerais

(...)

Com 42% do seu território situado a mais de 1.000 km do mar, o Brasil apresenta um complexo marítimo-continental cujo desenvolvimento e povoamento exigem um sistema de transportes múltiplos, racionalmente coordenados em sua exploração e harmonicamente considerados em seu crescimento.

Na verdade, só assim será possível satisfazer aos interesses de uma economia em progressiva interiorização e diversificação e às imposições estratégicas da preservação da unidade nacional (...).

No tocante à aplicação de investimentos, desde a elaboração do Plano Trienal vem o governo envidando esforços para afirmar uma política ordenada e prioritária de transportes, com o objetivo de evitar a pulverização de recursos, sempre limitados, e obter o máximo de produtividade econômica e social.

(...)

Foram, assim, elaborados planos preferenciais de obras, perfeitamente enquadrados nas diretrizes básicas do Plano Trienal 1963-1965 de Desenvolvimento Econômico e Social, planos esses que, pela sua importância e significação na vida nacional, vêm atender ao fomento da produção, à intensificação da circulação de bens e ao desenvolvimento econômico e social do País.

(...)

a) Ferroviário

As modificações estruturais que nos últimos tempos vêm influindo sobre a economia brasileira, com a implantação cada vez mais pronunciada das indústrias básicas, a ampliação crescente do mercado interno e a interiorização das atividades agrícolas, teriam de fazer sentir os seus efeitos na procura dos sistemas de transporte, favorecendo o surto dos denominados transportes leves, o rodoviário e o aéreo, e obrigando mesmo, para evitar colapso dos transportes pesados, à entrada do Estado no campo de sua exploração, a fim de substituir a ação coordenadora e fiscalizadora até então exercida por força de disposições legais.

No relativo aos transportes ferroviários, são do conhecimento público as condições cada vez mais onerosas de seu funcionamento, motivadas pela falta de produtividade dos sistemas, função do custo elevado de operação e de tarifas desfavoráveis, que resultam numa distorção acentuada entre o preço da prestação do serviço e o custo real de sua execução.

Tem sido difícil ao sistema ferroviário nacional -- não obstante os melhoramentos de sua infra-estrutura e a renovação constante de seu equipamento, a partir de 1957 -- enfrentar, com êxito, a concorrência da rodovia que, além de favorecida pelas condições de utilização do veículo rodoviário, está livre de qualquer ônus de conservação da parte dos transportadores, ao passo que o transporte ferroviário é agravado pelas imposições regulamentares que sobre ele pesam.

Sem embargo dos esforços que vêm sendo desenvolvidos na esfera governamental, inicialmente com a execução dos projetos da Comissão Mista Brasil - Estados Unidos, em seguida com a criação da Rede Ferroviária Federal S/A, mediante inversões vultosas e radical reorganização administrativa, os resultados de recuperação geral ainda não se apresentam condizentes com as necessidades do País, que precisa dispor efetivamente de um sistema de transporte pesado interior, eficiente e rentável, capaz de atender ao desenvolvimento de seu parque industrial básico, proporcionar o aproveitamento intensivo de seus recursos minerais e permitir o deslocamento rápido das outras massas econômicas a grandes distâncias.

Consoante as diretrizes básicas fixadas no Plano Trienal do Desenvolvimento Econômico e Social, foi elaborado cuidadoso programa de construção de novas linhas-tronco, ramais e variantes, indispensáveis ao escoamento da produção, além de medidas destinadas a conseguir em curto prazo índices mais significativos na produtividade do sistema ferroviário e melhores resultados financeiros.

Os programas acima, elaborados pelo Departamento Nacional de Estradas de Ferro -- transformada em autarquia, para permitir-lhe maior flexibilidade de ação -- e pela Rede Ferroviária Federal S/A, ambos sob orientação do Ministério da Viação e Obras Públicas, estimaram os investimentos necessários à sua execução em Cr$ 413 bilhões, no triênio 1963-1965, dos quais 58% (Cr$ 239 bilhões) deverão ser aplicados na construção de novas linhas, ramais e variantes.

Em 1963, foram realizados em treze diferentes trechos do Nordeste, Leste, Centro e Sul do País importantes serviços de implantação de linhas, construção de ramais ferroviários e variantes que, em conjunto, absorveram recursos superiores a Cr$ 19 bilhões.

Prosseguiu ativamente a construção do Tronco Principal Sul, que fará a ligação ferroviária da capital da República a Porto Alegre, e já foram entregues ao tráfego 235 quilômetros de linhas, correspondentes ao trecho Mafra - Ponte Alta do Norte. Os trilhos atingiram a cidade de Lajes, em Santa Catarina, estando prevista para breve a entrega ao tráfego de mais esse trecho.

Simultaneamente, vêm sendo atacadas as obras dos trechos Brasília - Pires do Rio, Itanguá - Engº Bley, Ponte Alta do Norte - Roca Sales e Gen. Luz - Roca Sales, todos integrantes do Tronco Principal Sul, cujos investimentos em 1963 somaram cerca de Cr$ 13 bilhões.

Dos cinco trechos não integrantes do Tronco Principal Sul, dois já estão sendo construídos: um no Rio Grande do Sul, que liga Passo Fundo a Roca Sales, e outro em Minas Gerais, entre Dom Silvério e Nova Era, nos quais foram investidos mais de Cr$ 4 bilhões em 1963. O primeiro atenderá regiões produtoras de trigo e o segundo facilitará o transporte de minério no quadrilátero ferrífero, bem como o escoamento de produtos das companhias siderúrgicas existentes naquela área. Os três restantes também possuem grande significação econômica. A ligação Suzano - Ribeirão Pires oferecerá maiores facilidades de abastecimento à Cosipa, evitando o tráfego suburbano de São Paulo; a variante Dom Silvério - Nova Era impõe-se pelo intenso progresso que se vem registrando naquela região de Minas Gerais.

O reaparelhamento das ferrovias está a cargo da Rede Ferroviária Federal S/A, que se constitui no maior holding da América do Sul e engloba 21 estradas, as quais representam 70% do total do sistema ferroviário nacional.

Dando prosseguimento à política de remodelação das linhas permanentes e modernização do equipamento ferroviário, o governo levou a termo, no ano passado, por intermédio da Rede Ferroviária Federal S/A, grande parte dos empréstimos programados, cabendo salientar: a incorporação de 110 locomotivas diesel-elétricas; aquisição de 26.500 toneladas de trilhos para remodelação da via permanente; compra de 331 aparelhos para mudança de via, instalação de 5 das 11 usinas adquiridas para tratamento de dormentes e convênio com a Companhia Vale do Rio Doce para fornecimento de dormentes, no valor de Cr$ 10 bilhões.

Prosseguiram igualmente as obras de construção de variantes indispensáveis ao alívio do tráfego de várias linhas, merecendo menção os trechos Hulha Negra - Herval, na VFRGS; Jaguariaíva - Joaquim Murtinho, na RVPSC; Penápolis-Coroados, na EF NoB; Esperança - Rio Acima, na EFCB; e Jaguariaíva - [Fábio?] Rego, na RVPSC.

Dando solução aos problemas do escoamento da produção salineira do Nordeste, a Rede Ferroviária Federal S/A iniciou os trabalhos de reconstituição da linha férrea que liga as cidades de Macau e Natal, no Rio Grande do Norte, a aparelhou-a para o transporte de 1.000 toneladas diárias de sal a granel, destinado à exportação. Essa medida possibilitará uma redução de cerca de 50% no preço do transporte do produto.

Foram aplicados Cr$ 4,2 bilhões nos trabalhos de remodelação e unificação das linhas que servem aos subúrbios do Rio de Janeiro, com o fim de solver o angustioso problema de saturação do tráfego suburbano. Está marcado para agosto deste ano o início dos serviços eletrificados no trecho Triagem - Penha Circular, da Estrada de Ferro Leopoldina, além de vários outros melhoramentos destinados a proporcionar sensíveis benefícios ao transporte nas imediações da Guanabara. Os investimentos foram estimados em Cr$ 51,7 bilhões, dos quais Cr$ 19,7 devem ser aplicados no biênio 1964-65.

Para evitar novos estrangulamentos de tráfego, estuda-se a construção de um "metropolitano" entre São Diogo e o Largo da Lapa, com o fim de descongestionar o movimento de passageiros da estação D. Pedro II, devendo esse benefício estender-se numa segunda etapa até Deodoro.

Para executar o programa de expansão da rede ferroviária e remodelação das vias permanentes, está previsto o emprego de 156 mil toneladas de trilhos, para cuja aquisição já foi aberta concorrência pública.

O programa de revitalização do Sistema Ferroviário Federal representa grande incentivo a importantes setores da indústria nacional, bastando citar a compra de 400 vagões fechados com capacidade de lotação de 42 toneladas, 200 gôndolas e 1.000 vagões de vários tipos para entrega em 1964.

Ao lado do reequipamento das ferrovias e da extensão da rede, cuida-se da atualização das tarifas, com o objetivo de nivelá-las, quanto possível, com o aumento dos custos dos serviços oferecidos à comunidade. As características próprias dos serviços públicos não devem impedir remuneração proporcional aos seus custos.

Dadas a situação deficitária da maioria das estradas incorporadas à Rede Ferroviária Federal S/A e a insuficiência de recursos proporcionados pelos fundos e impostos, o financiamento dos investimentos pesará fortemente sobre a União, que arcará com 58% aproximadamente.

(...)

   

João Goulart
Mensagem ao Congresso Nacional
remetida pelo Presidente da República na abertura da sessão legislativa de 1964

1964

Referências

 

Brasília nos planos ferroviários (DF)
Ferrovias concedidas do plano de 1890 | EF Tocantins | Cia. Mogiana | Ferrovia Angra-Catalão | EF Goiás | Ferrovia Santos - Brasília
O prolongamento da Estrada de Ferro Central do Brasil | A ferrovia da Cia. Paulista | Ferrovias para o Planalto Central | Documentação
A idéia mudancista | Hipólito | Bonifácio | Independência | Império | Varnhagen | República | Cruls | Café-com-leite | Marcha para oeste | Constitucionalismo | Mineiros | Goianos | Projetos de Brasil | Ferrovias para o Planalto Central
 
  
    
 
Sobre o site Centro-Oeste | Contato | Publicidade | Política de privacidade