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Terminais ferroviários de grãos em Brasília
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Só no início dos anos 90, ao procurar uma empresa de encomendas rodoviárias (Real? Itapemirim?) ou uma empresa de mudanças, conheci por dentro o Setor de Transporte Rodoviário de Cargas (STRC) — uma expansão do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), para além do Setor de Inflamáveis (SIN), ao longo da via férrea principal e da variante do SIA.
Essa área mais recente do SIA limita-se pela Via Estrutural e, nos 2 lados restantes, pela área de preservação ambiental das nascentes do córrego do Guará — a ponta do Parque do Guará, entre a "Vila Tecnológica" (Guarazinho, ou Conjunto Oscar Niemeyer) e o SIN, onde se dispersam a fumaça e o cheiro da usina de asfalto.
Foi quando tomei conhecimento dessa instalação de embarque ferroviário de soja, de uma empresa privada, a Planalto Agrícola.
[Até então, só conhecia o embarque rudimentar que era feito pela RFFSA no Armazém de carga da antiga Estação Bernardo Sayão; e o silo descomunal da Conab (Cia. Nacional de Abastecimento), próximo à Ceasa. Ontem, pelo Lucas Lieggio, na lista de discussão Ferrovia Global, fiquei sabendo que também existe uma instalação de embarque de soja no Setor de Armazenagem Norte (SAAN) um pouco ao norte da Estação (Rodo-) Ferroviária de Brasília].
Após duas ou três viagens para fazer essas fotos, em finais de semana, finalmente consegui ir lá durante a semana (creio que no inverno, ou "seca", de 1992) e conversei com o responsável pela empresa em Brasília. Como ainda não localizei as notas dessa visita, escrevo de memória.
A empresa estava se preparando para utilizar a hidrovia Paraná-Tietê, embarcando soja em São Simão (quase na ponta do Triângulo Mineiro) com destino a São Paulo. Possivelmente Piracicaba, onde um colega informou a existência de instalações para trasbordo hidrovia / ferrovia, rumo ao porto de Santos.
São Simão não tem ferrovia, por isso acredito ser pouco provável que o projeto se referisse a esta soja embarcada em Brasília, e colhida em áreas bem próximas — principalmente o PAD-DF, próximo à divisa de Minas Gerais, a leste, que só percorri em 1995.
O mais provável é que o projeto de transporte hidroviário dessa empresa visasse a soja plantada no sudoeste de Goiás, no eixo Mineiros - Jataí - Rio Verde, percorrido pela BR-60 (Brasília - Corumbá, MS) e com conexão asfaltada para São Simão, a apenas 200 km de Jataí.
Pretendia voltar à empresa, para conversar com um gerente ausente naquele dia, mas isso acabou não acontecendo.
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