Catedral de Brasília
Espelho d'água
Flavio R. Cavalcanti
A cúpula de vidro da Catedral de Brasília começa pouco acima do espelho d'água circular, deixando um espaço para a passagem de ar, de qualquer direção que sopre o vento.
Ignoro qual efeito o espelho d'água, aliado a essa ventilação, possa ter, quanto à umidade do ar no interior da nave principal.
Teoricamente, o ar aquecido pelo efeito estufa da cúpula de vidro deve deslocar-se para o alto, em direção ao lanternim no centro da laje do teto, favorecendo assim a exaustão do gás carbônico e contribuindo para o conforto térmico, por um processo de climatização natural.
Na prática (e sem qualquer instrumento de medição), minha sensação pessoal no interior da nave, próximo ao meio-dia, em Maio de 2003, foi de algum abafamento. Se não chegava a ser quente, tampouco era confortável.
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