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D. Carmelo Motta, 1957
A “democratização do território”
na primeira missa de Brasília

Cardeal d. Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta,
Discurso na Primeira Missa de Brasília, 3 de maio de 1957
[cf. DB1:229-232]

Poucas das promessas — informais, vagas, apenas sugeridas — deixaram registros capazes de iluminar a origem da esperança despertada em milhares de pioneiros da construção de Brasília, e a decepção subsequente.

A tradição oral dos candangos aponta na morte de Bernardo Sayão — em forma de uma “teoria conspiratória” — uma explicação talvez ingênua para a reversão de suas expectativas, que muitas vezes nem conseguem definir.

Embora igualmente vago, não oficial, o pronunciamento do cardeal d. Carmelo de Vasconcellos Motta na “primeira missa” de Brasília tem o dom de apontar a existência de expectativas bem claras e definidas, de “democratização” do “território brasileiro” — e de modo bem concreto, em “colônias nacionais à margem das grandes vias que demandarão Brasília”.

Uma referência ao “cruzeiro rodoviário” — uma cruz ou rosa-dos-ventos de rodovias irradiando de Brasília em todas as direções:

Será o acontecimento máximo depois do Ipiranga. Será um avanço histórico de 135 anos. Será o apogeu do governo republicano do País. Será a democratização desse colosso de grandeza e beleza que é o território brasileiro.

(...)

Brasília vai deter a fuga do nosso sertanejo em busca da miragem das megalópolis. Brasília vai resolver o mais angustioso e mais grave problema nacional que é o problema dos nossos irmãos nordestinos, proporcionando-lhes oportunidade de se fixarem em colônias nacionais à margem das grandes vias que demandarão Brasília — colônias nacionais tecnicamente estabelecidas, amparadas e assistidas pelos poderes públicos. Brasília vai ser o mais formidável impulso unificador e civilizador do Brasil. Brasília vai ser a mobilização efetiva e definitiva desta grande Nação de 60 milhões de cidadãos livres e deste extensíssimo território, patrimônio colossal, capital imenso do qual precisamos e devemos auferir os juros legítimos tanto em benefício nosso quanto em benefício da humanidade.

   

Referências

A primeira missa, na realidade, foi celebrada um ano antes, em maio de 1956, pelo bispo d. Abel Ribeiro [cf. DB1:31-32] — por iniciativa do mal. Pessoa —, cinco meses antes da primeira visita de JK ao local.

A primeira missa vespertina também havia ocorrido antes, sem alarde, no pequeno Santuário de Dom Bosco, a 24 de março de 1957.

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