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Locomotiva a vapor do Batalhão Ferroviário nos arredores de Brasília, em 1967, sobre trilhos ainda sem lastro
Locomotiva a vapor do Batalhão Ferroviário nos arredores de Brasília, em 1967, sobre trilhos ainda sem lastro

O fim do MVOP

Em seu livro de memórias “Missão cumprida”, o último ministro da Viação e Obras Públicas (MVOP) explica que a cerimônia de Março de 1967 indicava apenas a “chegada da ponta dos trilhos a Brasília”, e não a inauguração da linha.

Registra, também, a extinção do MVOP ao final do governo Castello Branco, com a criação dos ministérios dos Transportes, das Comunicações, e do Interior.

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Grande sertão: veredas - 29 Out. 2014

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Bibliografia
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Conterrâneos Velhos de Guerra - roteiro e crítica - 7 Nov. 2014

Como se faz um presidente: a campanha de JK - 21 Ago. 2014

Brasília: o mito na trajetória da Nação - 9 Ago. 2014

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Ferrovias para Brasília: 1967
“Balanço de fim de jornada”

Juarez Távora
Ministro da Viação e Obras Públicas: 15-4-1964 a 15-3-1967
Missão cumprida
(Relatório das atividades no extinto MVOP, no triênio Abril de 1964 — Março de 1967).
Rio, Gráfica do DNEF, janeiro de 1970, cf. Dinah Silveira de Queiroz (org.).
Livro dos Transportes. Ministério dos Transportes, 1970

“Uma semana antes de consumar-se a extinção do Ministério da Viação e Obras Públicas, e transmitir, nos termos da Reforma Administrativa, baixada pelo Decreto-Lei nº 200, de 25-2-67 aos titulares de três novas Pastas — a dos Transportes; a das Comunicações, e a do Interior — respectivamente os setores de Transporte (Hidroviário, Ferroviário e Rodoviário); de Comunicações (Correios e Telégrafos); e de Valorização Regional (Obras de Saneamento e Obras contra as Secas), que integravam a alçada administrativa do Ministério a ser extinto — foram convocados representantes da imprensa para, numa última entrevista, sumariar-lhes os esforços para cumprir a missão recebida, três anos antes, do Governo Revolucionário, e com que esperava ter chegado ao fim de minha longa jornada de servidor público.

“Foi feita, inicialmente, uma afirmação global de que — embora nem todos objetivos prefixados tivessem sido atingidos — puderam, contudo, ser recuperados, melhorados e ampliados os serviços, emtodos os setores jurisdicionados pelo MVOP.

“Foram em seguida, sintetizados, em ligeiros "flashs", alguns aspectos mais dramáticos das realidades encontradas; dos esforços feitos para enfrentá-las; e das pequenas vitórias conseguidas, apesar dos sempre minguados meios disponíveis.

“Não vamos repeti-los, aqui, porque se encontram relatados em capítulos anteriores deste livro. Quero frisar, entretanto, que manifestei, então, minha firme intenção de deixar concluído o assentamento de trilhos ao longo de toda a "Ligação" ferroviária Pires do Rio — Brasília em cujo Núcleo Bandeirante pretendia entrar, apitando numa locomotiva do Batalhão Mauá, antes de 15 de março.

“A promessa foi cumprida, à última hora, na tarde de 14 de março de 1967. Houve, entretanto, quem duvidasse que a Ligação estivesse realmente feita — já que a pequena locomotiva em que cheguei, naquela tarde, à Estação Bernardo Sayão, fôra conduzida, com um dia de antecedência, até cerca de 20 km daquela estação, somente, tendo eu percorrido nela esse pequeno trecho da Ligação.

“Esqueceu-se, entretanto, o crítico suspicaz de que, acompanhando essa locomotiva, entraram no Núcleo Bandeirante vários automóveis de linha, que haviam partido de Pires do Rio, ponto inicial da Ligação, na madrugada desse mesmo dia, conduzindo, além de representantes dos ministérios da Guerra e da Viação, jornalistas do Rio, de S. Paulo, de Belo Horizonte e de Brasília.

“Não se tratava, conforme expliquei na ocasião, da inauguração da linha; mas simplesmente da chegada da ponta dos trilhos a Brasília, como afirmação de que a ligação da capital federal, por via férrea, ao Centro-Sul do país, podia considerar-se um fato irreversível.

“Já na tarde de 14 de março de 1967, após assistir a última reunião do ministério, convocada pelo presidente Castello Branco, para despedir-se de seus ministros, enderecei-lhe a seguinte carta, formalizando o meu pedido de exoneração do cargo de ministro da Viação e Obras Públicas:

“Brasília, 14 de março de 1967

“Meu caro Presidente,

“Julgo concluída, com a última inspeção feita, esta manhã, à Ligação Ferroviária Pires do Rio — Brasília, cujos trilhos já alcançam o Núcleo Bandeirante, nesta capital federal (e onde espero entrar, ainda nesta tarde, numa locomotiva do Batalhão "Mauá") a missão de que fui por V. Excia. investido, à frente do MVOP, desde 15 de abril de 1964.

“Não devo nem quero ser juiz de — "se cumpri e como cumpri" — conforme impunham as circunstâncias e desejava V. Excia., a missão recebida.

“Diz-me, contudo, a consciência, que fiz quanto pude para bem desobrigar-me dos deveres funcionais que me cabiam, zelando, fielmente, pela defesa do bem comum, e tentando conciliar com ele, os interesses particulares, sem quaisquer discriminações.

“Agradecendo-lhe, aqui, a confiança em mim depositada e o apoio com que sempre prestigiou as minhas decisões mais graves, venho formalizar o pedido de exoneração do cargo de Ministro da Viação e Obras Públicas com que V. Excia. me honrou no concerto de sua fecunda administração.

“Muito cordialmente, subscrevo-me seu velho camarada, amigo e admirador,

“Juarez Távora

“E, antes de encerrar meu último expediente no gabinete de Brasília, expedi, nesta mesma tarde de 14 de março, os Avisos B-46, ao diretor-geral do DNEF, e B-47, ao ministro da Guerra, agradecendo-lhes, à margem da chegada dos trilhos da Ligação Ferroviária Pires do Rio — Brasília, ao Núcleo Bandeirante da capital federal, os extraordinários esforços realizados, para isso, respectivamente por aquele departamento do MVOP, e pela Diretoria de Vias de Transportes do Exército (Apêndices 8 e 9).

“Chegara, assim, ao fim desses três anos de continuados esforços e contrariedades, física e mentalmente esgotado. Mas podia, graças a Deus, dar por encerrada, aí, com a consciência tranquila, minha longa e acidentada caminhada pela vida pública.

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