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Agenda do Samba e Choro
  

Ferrovias

• Estação de Cachoeiro de Itapemirim | Pátio ferroviário (1994) - 28 Fev. 2016

• Caboose, vagões de amônia e locomotivas da SR7 em Alagoinhas (1991) - 25 Fev. 2016

• Locomotivas U23C modificadas para U23CA e U23CE (Numeração e variações) - 17 Fev. 2016

• A chegada da ponta dos trilhos a Brasília (1967) - 4 Fev. 2016

• Livro “Memória histórica da EFCB” - 7 Jan. 2016

• G8 4066 FCA no trem turístico Ouro Preto - Mariana (Girador | Percurso) - 26 Dez. 2015

• Fontes e fotos sobre a locomotiva GMDH1 - 18 Dez. 2015

• Locomotivas Alco RS no Brasil - 11 Dez. 2015

• Pátios do Subsistema Ferroviário Federal (2015) - 6 Dez. 2015

  
  

   

Cia. Mogiana de Estradas de Ferro
Relatório 1960
(ref. 1956-1959)

Trechos do relatório “do presidente dessa empresa em satisfação a seus clientes”
RF, Estradas de Ferro do Brasil. (início de) 1960, p. 143-153

Recuperação de ferrovia

A Mogiana desenvolve atualmente intenso programa de recuperação de seus serviços. Já citámos o fato. Para melhor informar, entretanto, vamos reproduzir o que sobre o mesmo esclareceu o presidente dessa empresa em satisfação a seus clientes.

« No decorrer de 1956, pôde a Mogiana obter um empréstimo do Banco de Desenvolvimento Econômico e com ele iniciou, praticamente, a sua recuperação, adquirindo na Alemanha uma ponte grande, metálica, de 84 metros de vão, que foi montada sobre o rio Araguari (antigo rio das Velhas), substituindo a antiga, que já não oferecia nem mesmo condições para reforço.

Reaparelhamento do material rodante

No mesmo ano, a Mogiana deu início ao reaparelhamento do seu material rodante, com a aquisição de 200 vagões metálicos e 30 locomotivas diesel-elétricas de 1.425 HP, das quais cinco compradas nos Estados Unidos e 25 no Canadá, e conseguiu adquirir, de fábricas nacionais, mais de 460 vagões metálicos. Iniciou a modificação de seu traçado, no trecho Cocais - Tambaú, com 18 quilômetros de extensão, onde havia rampas de mais de 2½% e curvas com raio de 100 metros, passando agora a rampa máxima de ½% e curva mínima de 500 metros. Este trecho já está em serviço. Na via permanente já foram substituídos 500 quilômetros de trilhos, com lastreamento dos mais perfeitos, graças à montagem de 4 instalações de britagem de pedra, em pedreiras da própria estrada. Tem sido substituída uma média de 400 mil dormentes anualmente, nestes últimos três anos. À vista do constante encarecimento dos dormentes e da dificuldade de obtê-los de boa qualidade, vem a Mogiana, desde há alguns anos, estudando a aplicação de dormentes de eucaliptos. Os resultados até agora obtidos têm sido animadores, a ponto de se prever que dentro em breve será essa madeira a mais empregada na dormentação daquela ferrovia.

Novas variantes

Em 1959 foi iniciada a construção da variante Bento Quirino a Ribeirão Preto, com 46 quilômetros. Suas obras deverão estar concluídas em 1960. Este novo traçado terá as mesmas características ora observadas na Mogiana, ou seja, rampa máxima de ½% e curvas mínimas de 500 metros. Dentro do programa de novos traçados, estão sendo ultimados os estudos definitivos para a construção da variante Uberlândia - Araguari, no Estado de Minas Gerais. O início das obras dessa variante, cuja extensão é de 63 quilômetros, é esperado para muito breve, pois os cálculos estão praticamente no seu término.

Novas locomotivas e vagões

Graças a uma quota de dólares US$ 5.320.000,00 que a Mogiana obteve de um empréstimo concedido pelo Eximbank à Rede Ferroviária Federal, a Mogiana vai adquirir mais vinte locomotivas diesel-elétricas; freios Westinghouse para a maioria de seus vagões; equipamento para suas oficinas, composto de máquinas operatrizes das mais modernas. Além disso, está terminando, em suas oficinas, a construção de uma primeira composição de carros que deverão entrar em serviço este ano. Pretende adquirir mais quatro ou cinco composições, inclusive carros-leitos, sendo alguns deles motorizados, com motores diesel.

Resultados da remodelação e reequipamento

Graças ao apoio que tem recebido, pôde a Mogiana aumentar sobremaneira a sua capacidade de transporte, realizando-o com ponderável economia. Com efeito, o transporte de mercadorias com a diesel-elétrica está sendo feito com um custo aproximadamente igual a 1/8 do custo de transporte feito pelas locomotivas a vapor, das quais a Mogiana ainda possui algumas em serviço. Os estudos feitos mostraram que o custo do combustível para o transporte de 1.000 toneladas-quilômetro, com locomotiva a lenha, foi de Cr$ 198,00 enquanto que com a diesel-elétrica o custo atingiu a apenas Cr$ 44,00. Quanto ao rendimento, o combustível diesel contido num único vagão-tanque é bastante para transportar mercadorias que, se transportadas com locomotiva a lenha, requereriam 101 vagões dessa mesma lenha. Com a entrada em tráfego das primeiras 30 locomotivas diesel-elétricas, pôde a Mogiana diminuir em 40 minutos o tempo do transporte entre Campinas e Ribeirão Preto, cujo percurso é de 300 quilômetros. As mercadorias, por sua vez, transportadas de Araguari, no extremo da linha tronco da Mogiana, a Campinas, passaram a requerer de 4 a 5 dias, em média, enquanto que com as locomotivas a vapor raramente se conseguiu fazê-lo em menos de 10 dias.

Construção do maior pátio ferroviário do Estado

Dentro de seu programa, a Mogiana iniciou este ano um plano de remodelação de grande número de suas estações, aumentando-lhes a plataforma e criando condições de maior conforto para os passageiros, com salas de espera, instalações sanitárias e outras conveniências para o público. O programa da Mogiana, neste tópico, deverá estar concluído no decorrer de 1960.

Em 1959 a Mogiana deu início à construção de nova estação Ribeirão Preto e de seu pátio ferroviário que será, provavelmente, o maior do Estado de S. Paulo. Medirá ele dois quilômetros de extensão por 600 metros de largura. Terá lateralmente uma área reservada para armazéns e indústrias que necessitarem para suas operações de chaves ferroviárias. »

   
  

Bibliografia
braziliense

Conterrâneos Velhos de Guerra - roteiro e crítica - 7 Nov. 2014

Como se faz um presidente: a campanha de JK - 21 Ago. 2014

Sonho e razão: Lucas Lopes, o planejador de JK - 15 Ago. 2014

Brasília: o mito na trajetória da Nação - 9 Ago. 2014

Luiz Cruls: o homem que marcou o lugar - 30 Jul. 2014

Quanto custou Brasília - 25 Set. 2013

JK: Memorial do Exílio - 23 Set. 2013

A questão da capital: marítima ou no interior?

No tempo da GEB

Brasília: a construção da nacionalidade

Brasília: história de uma ideia

  

Ferreomodelismo

• Vagão tanque TCQ Esso - 13 Out. 2015

• Escalímetro N / HO pronto para imprimir - 12 Out. 2015

• Carro n° 115 CPEF / ABPF - 9 Out. 2015

• GMDH-1 impressa em 3D - 8 Jun. 2015

• Decais para G12 e C22-7i MRN - 7 Jun. 2015

• Cabine de sinalização em estireno - 19 Dez. 2014

• Cabine de sinalização em palito de fósforo - 17 Dez. 2014

• O vagão Frima Frateschi de 1970 - 3 Jun. 2014

• Decais Trem Rio Doce | Decais Trem Vitória-Belo Horizonte - 28 Jan. 2014

• As locomotivas Alco FA1 e o lançamento Frateschi (1989) na RBF - 21 Out. 2013

• A maquete do Trem turístico Ouro Preto - Mariana (Trem da Vale) - 12 Out. 2013

Brasília e a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro
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Referências
RF, 1957: 5 de 30 locomotivas G-12 | RF, 1960: 23 locomotivas GL8 | RF, Out. 1960: Um grande plano
Correio Paulistano, 1963: Retificação | Refesa, 1970: Retificação para Uberaba
Cury: Concessões e trilhos | Cury: Cronologia | Suplemento RF 1945 | Suplemento RF 1960 | Relatório CMEF 1956-1959
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